sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

PJ Harvey

Não sou de fazer crítica cultural, a não ser em trabalhos acadêmicos, mas essa eu fiz em maio de 2006 e gosto tanto da PJ Harvey que decidi republicar.

Show da Katia B ontem no Grazie a Dio.

Eu conheço PJ Harvey há mile anos. Já escrevi no outro blog sobre o quanto ela transmite a sensação londrina de metrópole chuvosa.

Naquele carnaval no Rio, eu mostrei pra minha namorada, tinha um CD da PJ que eu conheço melhor, na casa de uma amiga nossa (que na época era produtora da Katia B). E ontem a noite nós vimos a Katia B cantar PJ Harvey em versão samba. Outro clima, não lembrava em nada aquele humor chuvoso inglês típico. Muito bom. E no mesmo dia, pura coincidência (exceto se você for junguiano), o Álvaro Pereira Jr. escreveu na coluna dele na Folha: "logo após o 11 de Setembro: Entre a demência terrorista e a estreiteza americana, um show (...) fez lembrar que a arte ainda existe: PJ Harvey, a deusa britânica de nossas incertezas urbanas, passou por aqui".

(E no mesmo dia ele acertou outra vez, sobre o Belle and Sebastian: "Um mundo onde o cordeirinho e o leãozinho são amiguinhos. Onde todos dançam alegres em fofura comunal. Onde não existe guerra, só o amor, o amor. Belle and Sebastian, a banda escocesa, (...), vive em um lugar assim". Ou seja, música pra quem vive alegre no Mc Donalds.)

Filosofia alemã e comportamento americano

Publicado em novembro de 2003, é bem conveniente nessa época de eleições para a presidência do Império.

O que teria Heidegger a dizer do mundo de hoje? Se o "mundo da técnica" e da "cibernética" já o desanimavam tanto, o que ele pensaria da internet, computação gráfica, Playstaion2, etc e tal? Num primeiro momento, é fácil pensar que ele acharia tudo um imenso lixo que nos aprisiona no mais decadente modo de ser no mundo.

Mas eu não acredito que ele se limitaria a dizer isso. Na última quarta feira o Jorge Forbes (psicanalista ...) disse numa palestra que a palavra, enquanto forma de linguagem, não é mais suficiente para nomear e significar a nossa experiência de mundo. Enquanto psicanalista, é de se admirar um cara que assume a necessidade de um novo modo de compreensão, que ainda não está dado. Nossas teorias patologizantes são pouco eficazes. Mas Heidegger nunca se prendeu a teoria NENHUMA, sempre buscou o essencial ou transcendente do ser-no-mundo dado na dimensão do tempo.

E nesse momento, quem somos nós? Acho que somos aqueles que sabemos dizer muito bem até, quem sou EU, e só. Monólogos que se entrecruzam, buscando um sentido maior que nos oriente. É incrível a capacidade dos americanos nesse sentido, porque o presidente deles já definiu a linha de raciocínio estúpido que o gado deve seguir para alcançar o eldorado do Estado Absolutista Supremo e, dessa forma, para alcançar a segurança e confiança supremas numa razão incontestável. Todo americano deve saber dizer quem sou EU. E nada mais.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

DUAS DO CENTRO

Recuerdos do outro blog.
20 de novembro de 2003

Praça da República, hoje, 12:30. A Prefeitura organiza os eventos comemorativos do Dia da Consciência Negra. No palco, os técnicos de som testam o equipamento ao som de Marcelo D2 cantando: "Em busca da batida perfeita". Ao mesmo tempo alguns policiais correm atrás de 1 mendigo que estava notoriamente chapado e reaparecem todos juntos (mendigo chapado e policiais) em frente ao prédio da Secretaria da Educação, no quarteirão da praça. O tal mendigo estirado no chão, morto ou desacordado? Chapado ou já baleado? Niunguém sabe dizer... todos olham. Enquanto isso, a 5 metros do palco, 1 outro miserável puxa a sua carroça equipada c/ caixas de som e todos assistem à polícia tentando erguer o corpo do mendigo ao som de "Get up, stand up, don´t give up the fight". Essa foi foda de ver, e enquanto eu olhava p/ os policiais, vinha o som do palco, "A Procura da batida perfeita". Tragicamente poético.
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Acho que nesse post antigo, pela primeira vez eu falo de como a chuva me deixa mal humorado. E depois desse post, não parei mais de falar nisso, rs.

9/10/03

Dia de nuvens pesadas. Pessoas correndo nas ruas no fim de tarde. O céu parecia estar desabando antes das cinco da tarde. As pessoas pareciam nervosas, em pânico, fugindo de algo que as perseguia.

Desaba a chuva e eu, que não corri quenem um desesperado, fui atingido por várias pedras de granizo na esquina da Av. Ipiranga com a São Luis. Pela primeira vez em muito tempo não estressei com a chuva. Odeio essa água que faz a cidade parar. Se cai uma garoazinha merreca, a porra da cidade pára. Sempre pára.

Mas dessa vez quem parou fui eu. Parei numa esquina coberta e fiquei olhando para aqueles prédios no melhor pedaço do Centro revitalizado, pensei naqueles filmes do Wood Allen, aquela Nova York elegante, popular, mas classuda. Vi a chuva formando um véu sobre os prédios e na hora, sem saber o por quê, lembrei dos quadrinhos do Will Eisner. Depois, em casa, lembrei da capa de uma Graphic Novel dele, com um cara na chuva, ao lado de (ou talvez se dirigindo para) um desses edifícios bem tradicionais da Big Apple. O que me fez rir foi lembrar que o título da Graphic Novel é "No coração da tempestade".

Eu disse que dessa vez não estressei com a chuva. Não na hora. Mas depois eu não consegui mais me concentrar no resto do dia. Lia sem "escutar" o que lia, falava num tom nervoso com os meus amigos. Em casa, liguei o som para ouvir o Mano Brown. Liguei o computador mais tarde com isso na cabeça: "Mente tempestuosa".

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

MEU PRIMEIRO MICRO CONTO

Publicado em 2003, sob encomenda para a revista PSYU, que era meio que minha mesmo, rs.

Todas as noites ele devorava o seu jantar, arrastava a cadeira dando um forte empurrão para trás e podia-se ouvir a palavra "Liceensa!" ecoando pelo corredor que levava ao seu quarto. Como estudava de tarde, havia tempo suficiente para fazer suas lições no dia seguinte.

A noite era o único momento quando podia entregar-se à sua grande paixão: as estrelas. Tinha já quatorze anos completos e seus pais nunca repararam no brilho em seus olhos mirando alto no céu; o mesmo brilho daquele bebê recém nascido, a contemplar os móbiles coloridos que se moviam vagarosamente acima do berço. Todo fim de tarde ele voltava da escola andando - cinco ou seis quadras que lhe rendiam bons diálogos - acompanhando a jovem Diana até o ponto de ônibus, de onde ela só chegaria em casa meia hora depois.

Andavam sob o pôr do sol e certa vez, ela foi puxada pelas pontas dos dedos. "Você vê aquela luz lá onde já escureceu?" Ela sempre se interessava pelos devaneios daquele garoto e começava a perceber que gostava de passar aquele tempo ao seu lado. E como acontecia todos os dias, o anoitecer conduziu cada um para a sua casa. Mas naquela noite algo mudou; Diana ouvia música em seu quarto cheio de pôsteres nas paredes e sua mão aproximava-se do telefone.

Ele já jantara e caminhava para o quarto quando ouviu o telefone tocar. Sua mãe vem bater na porta para avisar que uma menina quer falar com ele. Mal sabia localizar o telefone no seu quarto, nunca atendia, nunca recebera uma ligação. "Ah... hum... alô?" Ele ouve a voz de Diana e escuta tudo o que ela diz, mas não entende porque aquela conversa não poderia ficar para o dia seguinte, quando se encontrassem depois da aula. Naquela noite ele foi dormir sem olhar para as estrelas.

Em seus sonhos, um céu negro como nunca se vira, coberto por um manto de estrelas que brilhavam com tamanha intensidade, que pareciam estar ao alcance dos seus dedos. Era o mesmo sonho todas as noites. Sempre via-se de pé em cima do telhado a admirar aquela luz branca-azulada. Mas naquela noite algo mudou; quando se deu conta, era Diana quem observava tudo de cima do telhado. Seu lugar já não era mais ao lado dela, já não conversavam mais. Encontrava-se agora sentado sobre o parapeito da janela do quarto, de modo que podia vê-la radiante na beira do telhado. Quando acordou, percebeu que já estava sentado na sua carteira, assistindo a última aula do dia.

Ia andando com o caderno embaixo do braço e olhando para o céu, mas nesse dia ele viu o céu nublado e nenhuma estrela se destacava. Diana encontrou-o e enquanto andavam ela percebeu que ele não olhava mais para cima.

"Dormiu bem essa noite?"

"Como? Quer dizer, não sei. Foi uma noite estranha."

"E isso é bom?"

"Como?"

"Teve bons sonhos?"

"Sonhos estranhos. Acho que bons. Parece que sim."

Ela ainda estranhava o silêncio dele, começava a pensar que não devia ter telefonado, que agora ele a trataria como fazia com todas as pessoas, com total indiferença. Também não queria incomodá-lo com um interrogatório, mas não sabia mais o que pensar. Foi apertando o passo, como se quisesse que aquele dia terminasse logo. Foi quando ouviu:

"O que você estava ouvindo ontem?"

"Quando?"

"Ontem, quando me ligou. O que estava escutando?"

"Ah, um disco da Cassia Eller, conhece?"

Ele fez que sim com a cabeça, como quem já tivesse algo mais em mente. Naquela noite, depois de jantar, andou calmamente até o quarto e ligou o rádio. Passou o resto da noite escutando e olhando para o telhado. Pensava se Diana também estaria escutando as mesmas músicas, sem saber que ela não escutava nada, apenas olhava para o alto, parada em frente da janela.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

TEMPESTADE EM DIAS DE SOL

Voltei pra casa de mal humor na 2a feira a noite. Cheguei cedo do trabalho e saí pra bater perna por aí. Estava tudo bem. Mais à noite, bateu um mal humor do cão. Será que aquela chuvinha rápida que eu tomei no meio da tarde influenciou? (anotação mental: preciso parar de culpar a chuva por todas as minhas oscilações de humor, já tá virando clichê). O mais provável é que as trocas nos horários das minhas aulas já tivessem me irritado logo pela manhã.

Fato é que eu andava por aí, muito bem obrigado até o fim do dia e algo mexeu com os meus brios. Só pra piorar, moro numa esquina que concentra várias baladinhas GLS, o que não seria problema se o povo não saísse gritando e cantando pela rua, qualquer dia da semana, como na madrugada dessa 2a feira. Aí perdi o sono, voltei a dormir e acordei ainda mais mal humorado. Por sorte, a minha mulher desperta sempre com um sorriso no rosto. Tentei levar o dia numa boa, mas a minha primeira missão saindo de casa já seria um verdadeiro teste de paciência: fazer compras na Rua 25 de Março.


Somente duas coisas na vida podem superar tal horror: cartórios e repartições públicas. Confesso que nem fila de banco consegue me irritar mais do que tentar cruzar aquele mar de gente sem educação que se pisoteia para comprar artigos de segunda linha a preços suspeitos. Os artigos vendidos na rua merecem destaque antropológico: cápsulas de metal cuja única serventia é fazer um barulho irritante quando jogadas pra cima; canetas que dão choque!! (já vou avisando, se algum dia alguém tiver a idéia de se divertir me dando choque, vai ficar com a caneta entalada aonde dói).


Mas o pior ainda estava por vir. Próximo ao Mercado Municipal um camelô tenta apertar a minha mão. Passo batido e ele diz: "Não me conhece mais, né?". Olhei de volta e achei que ele parecia com um garoto que eu atendia na Febem, 3 anos atrás. Fui lá conferir e não era ele, mas o homem emendou o maior papo, já embrulhando num jornal duas pomadas que aliviam dor nas costas, etc e tal. Eu logo vi que era golpe e que ele ia querer roubar a minha mochila, ou me sequestrar. Foi me dando tudo de presente sem eu pedir nada. O tiro de misericórdia foi quando ele incluiu na oferenda uma terceira pomada, essa vermelha, pra passar na cabeça do pênis e castigar a noite inteira. Já aceitando o embrulho e dando os primeiros passos pra sumir dali, o homem diz: "O meu filho nasceu ontem, rapaz! Aí, deixa uma contribuição pra mim.". Eu ri da cara dele e disse, rangendo os dentes: "Quanta generosidade! Mas ó, nem rola, tá?".


No caminho de volta pro metrô, outro vendedor de pomada tenta me cumprimentar e diz: "Não me conhece mais, né?". Balanço a cabeça irritado dizendo: "Não! Não mesmo!".


Chegando no trabalho o dia flui melhor, sem mais queixas. Quando ELA me telefona, o meu humor melhora na mesma hora. Mas volto pra casa com a certeza de que a humanidade não presta. Continuo achando que estão pisando no meu pé. Uma pessoa que aguente o meu humor e ainda consiga sorrir, não deve ser humana.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

SORGE

O casal viajou separado na época do ano novo. Eles tinham muito disso, de compartilhar momentos maravilhosos juntos, de se amarem loucamente, mas não viviam exclusivamente um para o outro. Ambos sabiam no que isso implicava, ou achavam que sabiam, nem sempre isso era fácil de lidar, mas era assim que continuavam juntos e apaixonados. Estavam juntos havia poucos meses.

Ele viajou para Cuba e ela foi para uma vila de pescadores no litoral norte de São Paulo. Se correspondiam pelo celular, ele principalmente tinha a necessidade de tapar, metaforicamente, o abismo da distância concreta entre eles. Ela também estava com a cabeça nele o tempo todo, mas estava cercada de amigos e encontrava outras formas de se divertir.

Quando voltaram pra casa, viveram momentos tensos; trocas de acusações, cobranças, carências e revoltas. Não se sentiam mais um casal, a cada dia um dos dois trazia novas dúvidas e inseguranças. Nos poucos meses que compartilharam, ela já tinha apontado para a falta de sentido em alguns "acordos tácitos" que mantinham algum distanciamento entre eles. Algumas vezes ela pensou em romper, mas ele nunca suportou a idéia. Eram loucamente apaixonados. Depois do ano novo, esmagados pela estranheza daquilo que estavam sentindo, ela pediu de novo por um ponto final. Mas dessa vez ele aceitou.

Ele via a perda da intimidade nos olhos dela, todos os dias. Só pediu que não rompessem de forma drástica, pois dividiram momentos tão especiais naqueles meses, que julgou ser no mínimo respeitoso manter ainda algum convívio, dando mais liberdade para o outro (principalmente ele, para ela).

Aconteceu então de se encontrarem algumas vezes depois e logo perceberam que a paixão ainda era forte. Sentiam ainda a necessidade um do outro, do cheiro do outro, da pele, do sexo e do olho no olho que os mantinha quase hipnotizados. Reviveram momentos de tesão e entrega intensos, como na época em que se conheceram.

Ela só passou a questionar, com certa frequência, por que ele concordara em abrir mão dela. Isso gerou nela uma marca. Acreditou por algum tempo que ele já não a valorizava mais como antes. Ele desmentia, dizendo que nas últimas semanas sentia por ela o mesmo deslumbramento vivido na paixão inicial.

Ele acreditava e sintia isso na carne, que aquele "respiro" tinha feito bem principalmente para ela, que chegou a revisitar queridos do passado.

Ele faria de tudo para ver de novo um sorriso naquele rosto, para ver os seus olhos brilhando como estrelas. Aconteceu então que ela ficou muito doente logo em seguida. Com uma febre alta incessante, foi sozinha para o Pronto Socorro. Ele foi correndo encontrá-la e viu no mesmo momento, algo que já sabia há muito tempo: não podia mais ficar sem ela. Passou quatro dias cuidando da sua querida. Ouviu e acolheu todo o choro, a dor e a irritação que emanavam dela e que preenchiam todo o seu quarto.

A impressão que tinha era de que a Novalgina e o Tilenol faziam-na suar e expurgar todo o resto que o seu corpo retinha. Quanto mais ela se abria com ele, percebendo que seria acolhida incondicionalmente, mais suava e a febre baixava. As drogas químicas nada mais eram do que o
equivalente mais prático das ervas e raízes catalizadoras de processos xamânicos tão semelhantes.

Na última noite de febre ela ainda estava fraca. Ele deitou ao seu lado, olhou nos seus olhos e disse: "Eu não consigo gostar menos de você. Não consigo parar de te querer. Não consigo e não quero.". Ela pediu desculpas por qualquer palavra mais ríspida naqueles dias e agradeceu pelo cuidado que ele estava demonstrando com ela.

Ele não queria gratidão, nem arrependimento. Só queria poder ouví-la mais de perto, olhá-la mais de perto e cheirá-la mais de perto, com água na boca, como o lobo da fábula infantil, que devorou e se fundiu àquela mulher deitada numa cama.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

CADEIRA FENOMENOLÓGICA

Quando publiquei esse post no meu primeiro blog, logo depois uma amigona minha comentou algo do tipo: "E você está sentado, esperando o que acontecer?".


Sento-me nessa cadeira que já conhece tão bem as minhas nádegas e também a de dezenas de crianças que diariamente gritam, xingam, cantam, comem, cospem e são felizes por alguns momentos do dia.

Sinto-me nessa cadeira, como um embusteiro, como uma engrenagem do sistema que coordena essas crianças rumo ao abatedouro, com um largo sorriso de apresentador de programa de auditório e penteado com laquê, como aquele sádico mestre de cerimônias, encantado com a ingenuidade e credulidade dessas pessoas que raramente se revoltam enquanto assistem com um copo na mão ao seu time vencendo no futebol.

Sonho nessa cadeira, com a fuga que se prenuncia no limiar da clareira que só está aí porque aí está o vazio que acolhe, com a ruptura radical entre aquilo que é e aquilo que sou.

Corro para longe dessa merda de cadeira que quase acaba comigo ao atrever-se a mostrar as coisas que ainda não são, nesse vazio originário e cheio de cadeiras. Escolho uma delas para não ficar em pé, cansado de esperar.

Cansado de algumas coisas. Coisas que já aconteceram, mas eu nunca deixei de pensar nelas. Até hoje as dúvidas me incomodavam, mas tudo parece bem claro. Algumas coisas não são nada além daquilo que são.

TESÃO GRÁFICO

Um dos primeiros posts que escrevi, em 2003. Mas dei uma melhorada na escrita.

As imagens me fascinam. Sou completamente tomado pela percepção de designs, fachadas, lay-outs, animações, tratamento fotográfico, HQs e sabe-se lá o que mais...

Quero estudar a Fenomenologia da Percepção... símbolos são mais do que imagens, eles remetem-nos à nossa história, e ao mesmo tempo, àquela história de todos nós.

Ok, as imagens que nos cercam no dia-a-dia têm pouco de simbólico, como a propaganda política ou os comerciais de cerveja e shampoo. Ainda assim, são sempre releituras daquilo que se mostra imediatamente apreensível no cotidiano social.